sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Pagando promessas #1 - O Evangelho Segundo Hitler

Voltamos com novidades

Estamos de volta (depois de um bom tempo... hehehe), com uma novidade aqui no blog (em um blog novo, o que não é novidade?).
Começamos uma nova seção por aqui. O "Pagando Promessas" tem como finalidade pagar as promessas (como diz o título... derr) que foram feitas para aquele amigo que te indica alguma coisa. São promessas do tipo: "depois eu assisto aquele filme que você recomendou...", "qualquer dia eu leio aquele livro" etc.
Como estreante da seção, eu vou pagar uma promessa que já fiz há um bom tempo a um amigo (que espero que leia e goste desta resenha), de ler o seu primeiro livro publicado e escrever uma resenha (minha primeira resenha publicada, por sinal).
Eu li o livro assim que comprei. O problema foi arranjar tempo e inspiração para fazer a resenha. 
Mas, como promessa é dívida, lá vai...

Resenha de livro #1: O Evangelho Segundo Hitler



O Evangelho segundo Hitler (2013)
Marcos Peres - 352 páginas
Editora Record

Este é um romance notável de um leitor obcecado por Jorge Luis Borges a ponto de imputar-lhe uma infâmia que nem o próprio teria inventado: a de ter engendrado, com sua imaginação infernal, o fermento profético que possibilitou Adolf Hitler e o nazismo. O evangelho segundo Hitler faz aquilo que o borgiano Pierre Ménard fez com o Quixote de Cervantes: reescreve produzindo diferença.

“O evangelho segundo Hitler foi vencedor do Prêmio Sesc justamente por ser uma literatura de risco, onde o autor preferiu juntar alhos com bugalhos — o Hitler com o Jorge Luis Borges com o (anti)Cristo — do que escrever o texto bem escritinho, curtinho, objetivozinho, de comunicaçãozinha facilzinha com o leitorzinho.” – André Sant’Anna
Ganhador do prêmio SESC de literatura 2012/2013 de literatura, Marcos Peres traz uma história tão inovadora e ousada quanto o título do próprio livro. Confesso que fiquei um pouco assustado e muito curioso quanto ao contudo ao saber do título, afinal, o autor tem que ser bem ousado para fazer referência a bíblia e ao nazismo na capa do livro, logo ele teria que escrever uma história à altura.